terça-feira, 4 de maio de 2010

Não deu tempo...

Estou arrasada...
Sinto-me culpada por não ter o visto antes...
Queria que da onde o senhor estivesse agora, ME PERDOE!
Não sei que justificativa posso dar a tão fatal esquecimento da minha memória...
Não deu tempo...
Queria muito ter te abraçado antes da tua eterna partida...
Quinze dias sentenciou a dor que agora sufoca meu peito...
Quinze dias...
Eu sabia, fui avisada que irias embora...
Porque não me prontifiquei em te procurar, em me despedir de você?
Porque a vida nos afasta dos mais importantes seres que queremos por perto?
Porque a vida não me permitiu?
Problemas, problemas, problemas!
Qual problema maior que a alegria de um sorriso que se sabe o ultimo?
Dói... Dói muito em saber que não posso mais o ver...
Que não vou mais ouvir tua voz me alegrando com velhas saliências...
Importância? Várias, muitas és um ser importante para mim...
Por isso lamento, choro...
Não por saber que se foste, todos nós iremos um dia...
Mas por saber que não me despedi de você...
Estou certa que minha presença te alegraria...
No meu sonho me disseste isso...
Deitado na cama, coberto por lençol branco...
O rosto mais jovem e lindo do que antes...
Seguraste no meu braço sorrindo... “Que bom que você veio”.
Na verdade o senhor que veio a mim, no sonho...
E hoje o sonho da despedida...
Será que em sua lápide poderei te encontrar...
Irei lá...
Espero que o senhor aceita este escrito...
Uma vela branca...
E aquela pequena chama de luz talvez faça nós nos reencontrarmos...

Perdoe-me Dr. Alberto, não deu tempo de me despedir de você!

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